Não há apenas uma definição para saúde mental, mas podemos entendê-la como a ausência de disfunções hormonais, um estado de bem-estar que o sujeito é capaz de estabelecer a partir das suas próprias habilidades, como se recuperar de um estresse e superar as exigências, desafios e mudanças que nos atravessam rotineiramente, mantendo o equilíbrio dos seus pensamentos, ideias e sentimentos.
Mas não é tão simples manter a saúde mental nos dias de hoje, pois somos atravessados por uma sociedade que engloba as áreas políticas, sociais, econômicas e culturais. Por esse motivo a defesa do SUS (Sistema Único de Saúde) é fundamental pois ele é uma ferramenta essencial por ser um dispositivo de distribuição de cuidados a toda a comunidade de forma a integrar, divulgar, promover serviços e ações de saúde.
Sobre o aspecto cultural, por estarmos inseridos em uma cultura que tem uma construção ética e moral, para nos caber nela, reprimimos alguns sentimentos e desejos. Essa repressão instintiva, custosa renúncia pulsional, causa a infelicidade e até onde poderíamos sentir felicidade buscaremos a punição para pagar pelo sentimento de culpa.
Freud em seu escrito “O mal estar da civilização” publicado em 1930, cita três pilares da desilusão com a sociedade, sendo um deles a identificação científica do mecanismo de neuroses que são causados pelas exigências frustrantes colocadas sobre o indivíduo na sociedade moderna, apenas retirando essas imposições aumentaria a possibilidade de felicidade. Mas vemos uma sociedade que cada vez mais nos impõe padrões para enquadramento.
Contudo há iniciativas que corroboram para a construção e direcionamentos de desejo, satisfação e felicidade, sublimando tais repressões e abrindo caminhos para buscar mais saúde mental, bem estar e qualidade de vida. Essas iniciativas podem ser fazer atividade física, artesanato, música, contato com a natureza, dentre outras.
E para você, o que te faz sentir prazer?